sexta-feira, 3 de julho de 2009

Rio, A Cidade - MultiRio/Band

Eu falo sobre outras coisas também. No dia 06 de outubro de 2004, fui convidado com Sergio Cabral, o pai, para fala sobre o Subúbio Carioca no MultiRio/Band

Um comentário:

  1. Subúrbio, suburbanos e visões suburbanas
    O subúrbio e toda a cultura quem vem carregada na expressão “subúrbio” nos leva a fazer várias inferências sobre a cultura específica dessa parte da cidade do Rio de Janeiro, no entanto, é importante considerarmos os pontos de vista da população da zona sul em relação ao subúrbio, do suburbano em relação aos seus próprios valores, tradições e principalmente a forma de como se reproduz a vida sendo suburbano, pois, considerando este ultimo aspecto em relação aos demais aspectos, poderemos perceber dois momentos onde o suburbano pensa ele mesmo e dessa forma, devemos analisar também o pensamento do suburbano pensando sobre ele mesmo como se não fosse suburbano.
    O primeiro ponto a analisar, refere-se a seu contexto como suburbano, ou seja, todas as tradições, cultura, valores e fatos sociais que independentemente do individuo praticar, independente do individuo ser praticante de algum ou nenhum valor, tradições ou evento comum ao suburbano, na hora de se auto-classificar como ser historicamente construído, ele se classificará como suburbano; o 2º refere-se à forma de como o suburbano se observa sobre uma perspectiva “de fora”, ou seja, como se ele não fosse pertencente ao grupo ou pelo menos questionando seu próprio grupo e observando com visão mais critica. Nesse ultimo caso, poderemos perceber a estreita ligação do pensamento critico do individuo a forma de como ele reproduz a vida, pois, essa reprodução da vida vai de encontro a um “contexto cultural superior”, um contexto brasileiro talvez, mas em suma, um contexto cultural que envolve todos os grupos, independente de classe social, dizendo ao suburbano que existem valores, tradições e eventos que são corretos ou até mesmo “melhores” que os seus, mas que esses valores também são seus, por pertencerem á um “imperativo categórico social” digamos assim.
    Sendo assim, fica evidente a presença de dois tipos de suburbanos, o suburbano positivo e o negativo. O positivo está ligado ao suburbano que é levado pelas suas tradições e valores e esses valores e tradições são o que materializam os eventos culturais dos suburbanos e podemos dizer que é uma pratica e um pensamento positivo, pois, toda tradição é positiva e seqüencialmente produz valores positivos, criando assim o suburbano que se vê de forma positiva. O negativo, entretanto, refere-se ao suburbano que é levado a se auto questionar, a questionar sobre sua vida, pois, a reprodução de sua vida como suburbano produz eventos que são pejorativos em relação ao “imperativo categórico social”, ou seja, vai de encontro a uma “cultura superior” a sua cultura como suburbano, nesse caso, são os valores que ele possui além dos seus valores de suburbano, “valores cariocas”, por exemplo. Esses valores existem além dos valores de suburbano, pois, estes são subprodutos daqueles e digo negativo pelo mesmo motivo, ou seja, é um suburbano negativo, pois, este pensa e vê seu eu suburbano de forma ruim, por sua vida de forma geral ir de encontro a seus próprios valores superiores do qual ele na maioria dos casos não possui. É importante se dizer que esses dois tipos de suburbanos (positivo e negativo) estão presentes na mesma pessoa, já que, o mesmo agente pode ao mesmo tempo em que questiona sua condição sócio cultural reproduzi-la por força da tradição.

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